O mavorcismo infodémico anti-imigração nos Estados Unidos da América

por Roberto Narciso Andrade Fernandes
Palavras chave:
Migrações Covid-19 Infodemia Infoguerra Geoeconomia
A problemática da mobilidade humana é um tema coevo e que merece a mais cuidada atenção da comunidade internacional, sobretudo devido à volatilidade da perceção do fenómeno pela sociedade global, profundamente digitalizada e galvanizada. Evidenciando a preeminência de Trump na politização infodémica da migração internacional, refletimos analiticamente sobre a volubilidade humana numa América polarizada e egoísta, cerrada sob si mesma e envolta em medidas anti-imigração, desumanizantes e preconceituosas, em desdém pelas necessidades humanitárias dos migrantes mais desfavorecidos. Paradoxalmente, a híper securitização das fronteiras favoreceu o aumento da procura por rotas transfronteiriças clandestinas, controladas pelo crime organizado transnacional, subjugando uma parte substancial dos fluxos migratórios internacionais ao seu jugo. Em contraciclo, circunscrevemos a premência de uma nova abordagem colaborativa, holística e humanista pelo constructo internacional, unificado em torno da regulação homogénea e segura dos fluxos das pessoas em movimento (Commission on Human Security, 2003) e na plena valorização dos Direitos Humanos, por via de uma compreensão congruente da mobilidade humana, informada por factos, pela ciência e pela ética.

A problemática da mobilidade humana é um tema coevo e que merece a mais cuidada atenção da comunidade internacional, sobretudo devido à volatilidade da perceção do fenómeno pela sociedade global, profundamente digitalizada e galvanizada. Evidenciando a preeminência de Trump na politização infodémica da migração internacional, refletimos analiticamente sobre a volubilidade humana numa América polarizada e egoísta, cerrada sob si mesma e envolta em medidas anti-imigração, desumanizantes e preconceituosas, em desdém pelas necessidades humanitárias dos migrantes mais desfavorecidos. Paradoxalmente, a híper securitização das fronteiras favoreceu o aumento da procura por rotas transfronteiriças clandestinas, controladas pelo crime organizado transnacional, subjugando uma parte substancial dos fluxos migratórios internacionais ao seu jugo. Em contraciclo, circunscrevemos a premência de uma nova abordagem colaborativa, holística e humanista pelo constructo internacional, unificado em torno da regulação homogénea e segura dos fluxos das pessoas em movimento (Commission on Human Security, 2003) e na plena valorização dos Direitos Humanos, por via de uma compreensão congruente da mobilidade humana, informada por factos, pela ciência e pela ética.