A radicalização salafista-jihadista na Europa: o caso dos imigrantes de segunda e terceira geração conectados com o Islão

por Marina Soares
Palavras chave:
Radicalização Terrorismo endógeno Terrorismo islamista Islão Imigrantes muçulmanos segunda e terceira geração europa Radicalization Homegrown terrorism Islamist terrorism Islam Muslim immigrants Second and third generation Europe
Num momento em que o número de combatentes estrangeiros europeus na Síria e no Iraque atinge um nível alarmante, e em que cada vez mais se repetem os atentados terroristas de matriz islamista no velho continente, perpetrados por células de terrorismo endógeno ou por indivíduos que atuam de forma independente (lone wolves), importa refletir sobre o processo que está na base destes fenómenos: a radicalização. Ao contrário do que aconteceu em décadas anteriores, em que a maioria dos islamistas radicais a operar na Europa eram imigrantes de países muçulmanos, hoje constata-se que um número cada vez maior diz respeito a jovens europeus muçulmanos que, embora tenham conexões ao Islão (sendo filhos ou netos de imigrantes provenientes de países muçulmanos), nasceram e cresceram no ocidente. Assim, pretendemos aqui questionar-nos acerca dos fatores que levam estes indivíduos a adotarem visões radicais do Islão, voltando-se muitas vezes contra o seu próprio país e representando uma ameaça à sua segurança interna, tentando ainda compreender de que forma este processo pode ser prevenido. At a time when the number of europeans foreign fighers in Syria and Iraq reaches an alarming level, and when the terrorist attacks of islamist matrix are increasingly repeated in the old continent, perpetrated by endogenous cells or individuals acting independently (lone wolves), it matters to reflect on the process which underlies these phenomena: the radicalization. Contrary to what happened previous decades, when the majority of radical islamists acting in Europe were immigrants of muslim contries, today it is found that a growing number relates to young european muslims who, although having connections to Islam (being sons or grandsons of immigrants from Muslim countries), were born and raised in the West. Thereby, we ask ourselves about the factors that lead these indivuals to adopt radical visions of Islam, often turning against their own country and representing a threat to its homeland security, also making an attempt to understand how this proccess can be prevented.

Num momento em que o número de combatentes estrangeiros europeus na Síria e no Iraque atinge um nível alarmante, e em que cada vez mais se repetem os atentados terroristas de matriz islamista no velho continente, perpetrados por células de terrorismo endógeno ou por indivíduos que atuam de forma independente (lone wolves), importa refletir sobre o processo que está na base destes fenómenos: a radicalização. Ao contrário do que aconteceu em décadas anteriores, em que a maioria dos islamistas radicais a operar na Europa eram imigrantes de países muçulmanos, hoje constata-se que um número cada vez maior diz respeito a jovens europeus muçulmanos que, embora tenham conexões ao Islão (sendo filhos ou netos de imigrantes provenientes de países muçulmanos), nasceram e cresceram no ocidente. Assim, pretendemos aqui questionar-nos acerca dos fatores que levam estes indivíduos a adotarem visões radicais do Islão, voltando-se muitas vezes contra o seu próprio país e representando uma ameaça à sua segurança interna, tentando ainda compreender de que forma este processo pode ser prevenido.

At a time when the number of europeans foreign fighers in Syria and Iraq reaches an alarming level, and when the terrorist attacks of islamist matrix are increasingly repeated in the old continent, perpetrated by endogenous cells or individuals acting independently (lone wolves), it matters to reflect on the process which underlies these phenomena: the radicalization. Contrary to what happened previous decades, when the majority of radical islamists acting in Europe were immigrants of muslim contries, today it is found that a growing number relates to young european muslims who, although having connections to Islam (being sons or grandsons of immigrants from Muslim countries), were born and raised in the West. Thereby, we ask ourselves about the factors that lead these indivuals to adopt radical visions of Islam, often turning against their own country and representing a threat to its homeland security, also making an attempt to understand how this proccess can be prevented.

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